sábado, 17 de julho de 2010

O pós-humano chegou à sala de aula: robots que ensinam humanos

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Ainda nos anos 80, em seu Manifest for Cyborgs, Donna Haraway declarou que somos todos ciborgues, mas nada pode se comparar ao corpo maquínico que agora está sendo forjado nos principais centros de pesquisa no mundo. 

Enquanto a Educação está se contorcendo para se adaptar à Internet, uma revolução mais lenta e silenciosa começa a despontar num horizonte não muito distante. Trata-se da chegada do pós-humano à sala de aula.

Uma matéria publicada esta semana no site do New York Times (Students, Meet Your New Teacher, Mr. Robot) fala de várias pesquisas ao redor do mundo que estão desenvolvendo robots para ensinar humanos, de simples movimentos repetitivos até idiomas.


Na Coreia do Sul, escolas estão contratando centenas de robots para atuarem como professores auxiliares, como colegas de sala  e para ensinar inglês.

Garoto coreano aprendendo idiomas com o robot Engkey


A maioria dos cientistas diz que não há nenhuma intenção de substituir os professores humanos por robots. A ideia é que eles atuem como coadjuvantes no processo de ensino-aprendizagem.

Os modelos mais avançados são completamente autônomos, guiados por software de inteligência artificial que permitem o reconhecimento de movimentos e fala.


Esquema de reconhecimento facial do robot RUBI.
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Robot Simon categorizando objeto

Para os investigadores, o rítmo de inovação é tal que essas máquinas devem começar a aprender como ensinar, como o robot Simon, tornando-se infinitamente pacientes e altamente informados, eficazes no ensino de idiomas e em terapias repetitivas no tratamento do autismo.


Neste momento, é impossível inventariar as consequências dessas relações humano-maquínicas sem fazer especulações, mas podemos ficar certos que o encontro da neurociência com a robôtica e com nanotecnologia irá modificar de forma radical o que entendemos por relação social, presença, espaço, tempo, afetividade, aprendizagem, evolução humana.  

Um comentário:

  1. Lembro ainda hoje quando usava fichas para fazer ligação nos famosos orelhões públicos e já se falava que no Japão usava cartão magnético para conversar no telefone tais avanços tecnológicos são frutos de investimento sério na educação e o reconhecimento e respeito pelo trabalho dos professores japoneses que construiram escolas e hoje são reverenciados até mesmo pelo proprio imperador Akihito enquanto a educação for focada nas questões dos pacotes educacionais dos quais prometem minimizar a nossa realidade se torna evidente cada vez mais nas nossas vida que o cerne da questão esta na criação da nossa prole, isto é, na maneira que fomos educados e criados no seio da familia não existira panacéia para todos os males relacionado ao baixo indice de qualidade agora estamos diante pasmos das mais novas invencões do homem se incorporando num ritmo frénetico tão pouco assimilamos o uso dos computadores no contexto escolar - que para mim são arcaicos no que concerne no seu principio de interação, há mais de 20 anos ainda usamos o teclado e o mouse para realizar as tarefas mais complexas - agora nos deparamos com máquinas coadjuvante na sala de aula que ensina e auxilia o professor daqui alguns anos iremos ver este mesmo modelo inserido na nossa sociedade sem mais nem menos como se fosse a ultima novidade tecnológica e as pessoas irão ficam novamente embasbacadas e maravilhadas e mais uma vez... ops o que será que eu vou usar no orelhão.

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