Educação a Distância Serve Para Todos? (Parte 1)

São vários os fatores que determinam o sucesso de um programa de educação online. E não resta dúvida de que um deles diz respeito à questão do perfil do aluno. Será que todo mundo pode ser um aluno virtual de sucesso? Acredito fortemente que sim, mas nem todos chegam a um curso online com um nível de maturidade satisfatório para modalidade de ensino a distância, tanto em aspectos comportamentais quanto tecnológicos.
O ideal é submeter o candidato a um processo de auto-avaliação que o leve a um estado de reflexão sobre suas potencialidades e deficiências. Só assim ele poderá se tornar o principal responsável pela sua aprendizagem. Suas respostas também serão importantes para toda equipe envolvida no projeto educacional: professor, designer instrucional, pedagogo etc., pois elas terão impacto direto no design do curso.
Algumas perguntas que não podem ser negligenciadas:
Que importância tem a interação face-a-face com o professor?
Alguns alunos se sentem mais confortáveis para aprender no ambiente social da sala de aula de tijolos. Gostam e se sentem mais motivados com o contato direto com professores e outros colegas da turma.
Embora as abordagens pedagógicas mais atuais adotadas em ensino a distância - suportadas por Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) - valorizem a comunicação e enfatizem a interação e a colaboração, todo processo de ensino-aprendizagem ainda ocorre a virtualmente.
Qual o nível de fluência tecnológica?
Alunos online devem se sentir a vontade com a tecnologia empregada no curso. É importante que tenham conhecimento de editores de texto , navegação internet, compactar e descompactar arquivos, instalar softwares básicos, saber como enviar e baixar arquivos.
Caso você perceba que o grupo, ou parte dele, não possui essas habilidades, aconselho que gastem um bom tempo no planejamento de um sistema de suporte ao aluno. A solução pode ser simples. Algumas ferramentas que podem auxiliar o aluno: FAQ, screencasts, tutoriais, fórum, correio eletrônico etc.
A pergunta óbvia para esta situação é: alunos que não dominam a tecnologia devem participar de cursos online? Quem responde é Palloff e Pratt: "...nossa reposta é, sem dúvida, ‘sim, devem’. Sua participação só pode aumentar o conhecimento que têm de tecnologia, sua capacidade de lidar com ela e facilidade em fazê-lo. Em vez de ficar frustrado com falta de conhecimento técnico do aluno, o professor deve sempre estar disposto a ajudar e ser flexível, a fim de que o processo de aprendizagem possa acontecer com o auxílio da tecnologia"

Ainda temos outros aspectos que devem ser levados em consideração, mas por enquanto fiquemos por aqui, que este post já se alongou demais : )

Até a parte 2 !

Referências Bibliográficas
Palloff e Pratt. Construindo Comunidades de Aprendizagem no Ciberspaço. Artmed, 2002.
Gansler, Andrew. Is online Learning Right for You? Distance Learning Today. United States Distance Learning Association. January, 2007.

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